Resposta a um detrator do Budismo

‘O Budismo (moderno) é uma religião extremamente doente, morada de ateístas, agnósticos e na melhor das hipóteses panteístas. Eles congregam-se em "centros-dharma", que são pouco mais que fugitivos de clínicas mentais para materialistas deprimidos, e engajam-se em conversas atoa sobre alcance do esquecimento e a negação de todas coisas espirituais. A única diferença entre o típico budista e o homem-bomba islâmico-fascista que amarra explosivos a si mesmo e entra em meio a um grupo de infiéis, é que o budista determinou-se aniquilar-se a si mesmo apenas, através de práticas de eutanásia espiritual. Ambos estes tipos são o pior lote de demônios que vagueiam o samsara e atormentam outros com suas ignorâncias bestiais.’ Dr. Rama T. Guptar



Sim, 'religião extremamente doente' à parte, podemos até concordar com as palavras do Dr. Rama T. Guptar quando diz que ‘o Budismo (moderno) é uma ... morada de ateístas, agnósticos e na melhor das hipóteses panteístas’, visto que, afora a afirmação de que o Budismo é uma religião extremamente doente ser um tanto controversa (conquanto a prática budista seja uma eficiente –senão definitiva- terapia quer para os males do corpo quer da mente), ao invés de ofensivas, tomamos o restante desta palavras por merecido elogio!

Quanto ao fato de nos congregarmos em “centros-dharma’ que são pouco mais que fugitivos de clínicas mentais para materialistas deprimidos’, reconhece-mos que este fato pode ser parcial e eventualmente verdadeiro, visto a maioria dos budistas ocidentais constituírem-se de sérios buscadores da verdade que, durante anos, foram torpemente enganados pelas falsas doutrinas de um deus obviamente concebido à imagem e semelhança de seus criadores (visto que descrito como incomparavelmente cruel, vingativo e megalômano) e, ‘graças a deus’, INEXISTENTE!

Já no caso dos Budistas, no oriente, dá-se o mesmo, só que em relação a um panteão de deuses liderados por Brahma, um Deus similar ao Deus judaico que, ao invés de lançar mão do barro da terra, teria formado a humanidade a partir de porções de seu próprio corpo, dando aos Brâmanes supremacia sobre os demais seres humanos por tê-los criado, não de seus pés, pernas, braços e tronco, mas de sua própria cabeça!

Quanto a engajar-nos em ‘conversas atoa (sic) sobre o alcance do esquecimento e a negação de todas as coisas espirituais’, apesar de concordarmos com o fato de que jogar conversa fora é no mínimo um ato reprovável, mas daí a reprovar a atitude daqueles que pela primeira vez na vida podem se exorcizar de tantas abominações inculcadas em sua mente a título de verdades sagradas já é demais! Aliás, esse tipo de catarse faz parte de qualquer tratamento psicológico que se preze.

Agora, francamente, falar que ‘a única diferença entre o típico budista e o homem-bomba islâmico-facista (...) em meio a um grupo de fiéis é que... determinou-se a aniquilar a si mesmo apenas através de práticas de eutanásia espiritual’ é ir um pouco longe demais! Jamais em tempo, lugar e circunstância alguma se viu um budista sequer a esfregar seus livros sagrados nas fuças de quem quer que seja e, muito menos, queimar os livros sagrados de seus opositores ou mesmo seus corpos em fogueiras ditas santas!

Aliás, não se podem encontrar melhores exemplos de cordialidade e compaixão para com todos os seres vivos, inclusive os praticantes de outras religiões. Mesmo assim, é necessário esclarecer ao equivocado Dr. Rama que não seria possível a nenhum verdadeiro Budista (e mesmo a quem quer que seja) dar fim a algo que não existe. Logo em termos anímicos pelo menos, o uso da eutanásia está fora de questão!

Por fim, num rasgo de fanática indignação, nosso ilustre detrator nos compara ao ‘pior lote de demônios que vagueiam o samsara e atormentam outros com suas ignorâncias bestiais!’ Ora, francamente, Doutor Rama T. Guptar. Seja razoável e desça do alto de sua casta milenarmente auto-consagrada e de nariz empinado para a realidade democrática dos tempos modernos. Afinal, como disse o Buda: ‘Senhor, a quem pertence um presente quando recusado?’

Por fim, lembrando nosso ilustre detrator de que não é sensato cuspir contra o vento, perguntamos se terá sido em vão ou somente por acaso, o fato de uma autêntica divindade Bramânica – (o Brahma Sahampati em pessoa) ter intercedido junto ao Senhor Buda para ensinar o Dhamma àqueles com ‘pouca poeira nos olhos’, fazendo com que, por compaixão, o Buda se tornasse mestre de devas e de homens?

Infelizmente para ele e seus seguidores, o ilustre Dr. Rama T. Guptar não está incluído no lote de brâmanes com pouca poeira nos olhos! Fazer o que?!

Namo Tasso Bhagavato Arahato Samma Sambuddhassa
Homenagem a Ele, o Abençoado, o Digno, o Plenamente Iluminado.