A Bondade do Mestre


(fonte: http://www.dhammadafloresta.blogspot.com.br/)

Como forma de encorajamento aos monges, Ajahn Anan faz revelações sobre sua prática e conta sobre os seus dias com Luang Pó Chah
Dois comentários:
1- Aqueles que conhecem a regra monástica sabem que afirmar de forma categórica ter samādhi, como é feito nessa gravação, é ofensa da regra monástica, mas só quando conversando com leigos, a audiência nessa ocasião era de bhikkhus e portanto não houve ofensa.
2- A primeira foto do vídeo foi feita no dia da ordenação de Ajahn Anan, à direita Ajahn Anan, ao centro Ajahn Chah e à esquerda Ajahn Piak (eles se ordenaram no mesmo dia)

Transcrição:

(A tradução é do Ven. Mudito Bhikkhu, monge Theravada brasileiro que vive na Tailândia e traduz diretamente do tailandês.) GooglePlus - YouTube - Mais informações

A Bondade do Mestre


Falando sobre o modo de prática que estudei com o mestre, com Luang Pu Chah, na época em que era leigo, antes de me ordenar, quando vi a desvantagem, o perigo no samsāra, repleto de sofrimento, eu pesquisei sobre a prática, estudei nos livros, e procurei um mestre. Viajei para prestar reverência e fazer mérito com os mestres da região norte, da região central e do nordeste. Ia com frequência. Era uma forma de aumentar a fé, a crença e a admiração. Com relação ao modo de prática, o Dhamma, o ensinamento que ouvia daqueles mestres fazia com que eu sentisse êxtase, felicidade. Às vezes sentia o corpo leve, a mente leve. Era como se a prática que leva a enxergar o Dhamma estivesse bem perto. No começo da prática do Dhamma, quando surge deleite, satisfação, desejo sensual, temos que sentar em meditação e refletir sobre o corpo que morre, como ele fica? Por exemplo se morrermos, nós pensamos e refletimos que quando não houver o elemento ar, o elemento fogo, haverá rigidez, frieza. Após a morte a pele fica verde, o corpo incha, e no final a pele rompe, escorre o sangue, pus, linfo, o corpo se enche de larvas, os ossos se desintegram e no final o corpo vira terra. No começo temos que usar memória e pensamento para construir essa reflexão para podermos relaxar o desejo, o deleite na forma. Tanto formas externas quanto internas. Por exemplo se morrermos e formos postos num cemitério, como é no primeiro dia, terceiro dia, quinto dia? No começo usamos o pensamento, imaginação para realizar essa praticar. Se chama asubha kammatthāna. Quando pensamos na nossa morte, utilizamos memória e pensamento, faz com que o deleite fique mais leve e no final o corpo fica leve, a mente fica leve

Eu praticava assim antes de me ordenar, refletia sobre a morte, quando pensava na morte sentia desencanto, eu pensava fundo no coração ‘Todos tem que morrer, nascem e tem que morrer, o que é que levam disso? Acumulamos bens a vida inteira mas não podemos levar consigo, no final temos que morrer'. Eu fazia mérito, fazia caridade, observava sīla, tinha prazer em acumular bondade, em fazer doações, fazer caridade. Pensava que nessa vida, não importa se possuísse muito ou pouco dinheiro, eu faria doações, não pensava em acumular pois nessa vida temos que morrer e não podemos levar nada, só nossa bondade e boas qualidades nos acompanharão. Então a prática de acumular bondade desse jeito aumentou, principalmente a prática de meditação, fazer a mente pacificar-se, eu já vinha praticando há muito tempo. Quando voltava do trabalho sentava em meditação até a mente pacificar-se, o corpo ficava leve, a mente ficava leve, tinha êxtase e felicidade. Era como se eu tirasse um descanso, o cansaço do dia de trabalho desaparecia por completo. Extraía bastante energia do samādhi. A energia de sati ficava focada em cuidar para que a mente não caísse em deleite ou aversão. Procurava ter atenção e cuidado. De manhã, com a temperatura agradável, ao acordar primeiro praticava meditação, recitava uma puja curta e sentava em meditação, pacificava a mente antes de ir trabalhar. E fui treinando dessa forma até a mente tornar-se hábil em pacificar-se e entrar em samādhi. Quando samādhi era contínuo, sati permanecia focada na mente durante todo o dia, via o que a mente pensava, era algo bom ou ruim? Refletia sobre a morte para abandonar a sensação de deleite e aversão

Em seguida ouvi uma palestra de Luang Pu Lui no dia da Āsālhā Puja, naquela ocasião havia levado Luang Pu Bun Ma até Chantaburi, ele ia passar o vassa com Luang Pu Lui, naquele dia ele falou sobre como as devatas ouvem o Dhamma, os seres humanos observam os oito preceitos... Senti ainda mais fé, desde aquele dia passei a observar os oito preceitos. Observando os oito preceitos encontrava ainda mais tempo e oportunidades para praticar até começar a praticar de forma ininterrupta utilizando a morte como objeto de meditação, pensava na vida que tem que se encerrar como o gado que tem que entrar no local onde será abatido, a cada passo que ele dá ele chega mais perto da morte. Eu praticava até me sentir assim. Ou as pessoas que têm poder, têm muita riqueza, ainda tem que morrer, mesmo quem tem muita sabedoria tem que morrer. E pensava, eu mesmo também terei que morrer. Esses componentes se separarão. Via pessoas mortas e trazia para si, 'eu também tenho que morrer', me sentia ainda mais desencantado. Quanto mais refletia, mais sentia paz e desencanto. Até que um dia um monge estava explicando sobre o ensinamento do mestre, Luang Pu Chah, o ensinamento era sobre como todas as coisas no mundo são apenas convenções, três tamanhos de copos, um de 5, outro de 7 e outro de 9 polegadas, isso é apenas uma convenção. Se houver um copo só, não haverá pequeno ou grande, se não fosse necessário chamar, não haveria o nome 'copo', 'copo d'água', mas havendo a convenção 'um copo, dois copos', então os comparam. A mente soube 'é apenas uma convenção, na verdade isso não existe', só isso e a mente ficou brilhante, êxtase e felicidade preencheram a mente, a mente ficou desperta, viu a verdade que antes não havia visto pois antes acreditava de verdade no que diziam as convenções, existe 'eu', 'meu', existe 'nós', 'ele'. Mas quando esse conhecimento surgiu enxerguei claramente, a mente se pacificou e ao mesmo tempo surgiu sabedoria, permaneceu assim por três dias, três dias e três noites. Mesmo quando descansava a mente continuava desperta, desperta durante o sono. Não sentia vontade de comer, a mente estava satisfeita em si mesma. Via a característica do Dhamma, via as coisas materiais, ia ao monastério e via o salão, via o thamat e eram apenas coisas que surgem e desaparecem. A mente despertava ainda mais, surgia sabedoria, despertava da ilusão, via a verdade. Via que todas as pessoas correm em direção à morte, via a casa em que morava como se estivesse em chamas, não conseguia ficar ali. Via os sankhāras como algo assustador, só tem degeneração e morte. Via esse corpo cheio de coisas não atraentes. Via as coisas do mundo, o mundo inteiro, mesmo que fosse tudo feito de ouro, ainda assim não desejava. Não desejava que fosse meu porque não via propósito, essa vida tem que morrer

Essa vida tem que morrer. Para que buscar essas coisas, não seria melhor buscar aquilo que não morre? Nessa altura a mente tinha fé no Dhamma do Buddha por completo porque a mente via dessa forma 'aquilo que o Buddha ensinou existe de verdade, é de verdade tal como ele disse'. Quando vi dessa forma pensei, decidi virar monge, e fui me ordenar no Wat Nong Pah Pong. Durante o vassa pratiquei com afinco. Escutava o ensinamento do mestre, Luang Pu Chah, e tinha um sentimento profundo no coração pois via a desvantagem do ciclo de nascimento e morte ainda mais. Via a desvantagem dos prazeres sensuais aos quais a mente se prende. Às vezes ouvia o ensinamento e sentia êxtase, corpo leve, mente leve, como se estivesse flutuando, não possuísse corpo. A mente pacífica é assim. Quando praticava, sentava em meditação, ouvia o Dhamma, praticava todo dia, realizava todas as práticas sem exceções, participava da puja pela manhã e à noite, cumpria meus deveres no monastério, cuidava do mestre junto com os demais monges. Ao fim do vassa minha mãe veio me buscar para voltar ao Wat Burativan. Luang Pu Chah perguntou 'Quantos filhos você tem?', minha mãe respondeu 'Tenho três filhos.', 'Nesse caso, peço o Venerável Anan, pode ser?'. E minha mãe prontamente me deu de presente. Eu me senti alegre, muito feliz, porque era como se Luang Pó me recebesse como filho

Na nossa prática, devemos desenvolver sati de forma contínua, cuidando da mente para que não caia em deleite ou aversão, desenvolvemos bem samādhi e temos sīla como fundação. Às vezes refletimos sobre a morte, se pensarmos que já morremos, nós temos que morrer, então não vamos fazer nada, vamos apenas esperar a morte chegar, isso é inclinar a mente na direção errada. Se pensarmos na morte temos que sentir desencanto, ter fé em construir ainda mais bondade, não é pensar na morte e sentir depressão, isso não está correto, é preciso ter cuidado. Ao fim do vassa, o primeiro vassa eu passei no Wat Nong Pah Pong, no segundo vassa tive a oportunidade de ir em pindapāta com Luang Pu na ala das monjas durante cerca de seis meses. Recebia pindapāta... Isso foi antes do vassa, eu andava atrás do Luang Pu, de manhã cumpria o dever de varrer a área da cabana do Luang Pu, preparava o cīvara e o sanghātī para ele, Luang Pu varria as folhas ao redor da cabana e ao terminar vestia o cīvara e o sanghātī, um sobre o outro, e ia em pindapāta na ala das monjas

Durante o segundo vassa intensifiquei ainda mais minha prática de forma contínua, eu queria saber, ver, alcançar o Dhamma. Tive que lutar com todo tipo de estados mentais que existem na mente, desejo, raiva, delusão, tinha que ter determinação. Ao fim do vassa saí em peregrinação e morei num cemitério(1) em Suan Gluei por um mês. Tinha tanto medo como coragem. Às vezes sentia medo, mas aguentava. Ir praticar no cemitério, dormir no cemitério, dá muito medo. Quando sentei em meditação e mente se unificou até ficar vazia, viu que tudo que é vivo tem que morrer, o medo desapareceu e conhecimento e sabedoria surgiram. Fui ficar com os esqueletos dos defuntos lá, porque havia ouvido que o mestre, Luang Pu Chah, já havia vindo praticar aqui em Suan Gluei, ele já havia vindo praticar e eu estava seguindo nos passos de Bodhiñāna(2). Eu fui praticar e consegui resultados satisfatórios de primeiro nível. Apesar do medo, lutava e minha mente viu e conheceu. Fiquei no cemitério por volta de um mês e voltei para o Wat Nong Pah Pong. Eu me esforçava em praticar, observava se minha mente estava sentindo deleite ou aversão, usava a morte para contemplar dentro de si, para pacificar a menteQuando sentava, olhava a respiração, desenvolvia samādhi, minha mente ganhava mais força, tendo mais força sati melhorava, sati melhorando, samādhi melhorava, paññā melhorava, sīla melhorava, se desenvolviam dessa forma

Então na prática temos que ter resiliência, nos esforçar em praticar, às vezes mesmo cansados e querendo desistir, ainda assim nos esforçamos, tentamos praticar de maneira contínua. No começo mesmo que ainda não consigamos focar em nimittas, ou não as temos, não tem importância, tentem olhar a respiração. Tentem ter sati. Cuide para que seus atos e fala estejam de acordo com sīla, com o Vinaya, dentro e fora do Pātimokkha(3). Quando vivia com Luang Pu Chah às vezes ofereciam suco de laranja, uma vez eu levei para ele e ele olhou e viu que ainda tinha sementes e bagaço de laranja, mandou coar de novo(4). Ou no ir e vir, tínhamos que ter cuidado, viver com ele já era uma práticaQuem vivesse com Luang Pu tinha que praticar, vigiar sua mente, não podia largar a mente, não podia pensar de forma errada, não podia deixar a mente escapar, tinha que ter cuidado. Tinha que vigiar a respiração, recitar ‘buddho’ como prática. Tinha que praticar. Conforme ia praticando, ia repetindo, tentava lutar. Às vezes sentia sono porque a mente se pacificava, se estivesse confusa não sentia sono, era sono apenas no corpo, não dá para se preocupar com isso, se sentamos em meditação preocupados se o corpo está com sono ou não, a mente não se unifica. Às vezes tem que largar o externo, larga o corpo externo para que a mente se aquiete, se pacifique, alcance samādhi, é possível que o corpo se incline um pouco, dá a impressão de que está com sono, mas por dentro está em paz, em paz e quieto

Às vezes fora do vassa eu ia com o Ajahn Prasopchai, Ajahn Piak, ia até Nong Kéu, ia treinar viver no cemitério, ficava por meses, até entender que são os sankhāras que criam, os pensamentos criam essa história 'os fantasmas isso, os fantasmas aquilo', isso é a mente que cria, mas se a mente fica com 'buddho' não há medo. Se a mente fica com 'buddho' o medo não entra. Tem que praticar de forma contínua. Às vezes a mente ficava desperta durante o sono, dormia meia hora mas era como se fossem três horas, três ou quatro horas, era assim. Minha mente estava bastante pacífica. Procurem praticar, vai dar resultado. Procurem lutar, procurem aguentar, vai trazer muitos benefícios. Nós já renunciamos ao mundo, procurem praticar. Quando pratiquei de forma contínua desse jeito, samādhi se desenvolveu, naquele que já havia experienciado havia muito êxtase e felicidade, antes de ter me ordenado, pois vi a característica do Dhamma em todas as coisas materiais, são anatta, são apenas convenções, e surgiu êxtase e felicidade na mente a ponto de não mais desejar esse mundo, nessa vida eu só queria buscar o Dhamma. Morar com o mestre, Luang Pu Chah, aumentou ainda mais minha energia, aumentou ainda mais sati e paññā. Contava com ele, entreguei minha vida a ele. Entreguei minha vida a ele. Conforme fui praticando, às vezes samādhi se desenvolvia ainda mais, especialmente no meu quarto vassaQuando vinha, vinha por si só, o samādhi. Ia surgindo frescor na mente até ela se unificar, surgia brilho, paz, êxtase, felicidade. Permanecia o tempo todo. Durante esse período, permanecia o tempo todoDurou meses. Mesmo quando descansava ainda havia um pouco de samādhi, as distrações de fora não entravam, separava a mente dos objetos mentais e largava deles

Luang Pu Chah ensinava a olhar o corpo, olhe o corpo, não vá pensar que se olhar direto para a mente vai se iluminar, olhe para o corpo. Olhar para o corpo é algo importante. Tendo olhado e conhecido a mente, olhe para o corpo. Tendo visto quais kilesas surgem na mente, olhe o corpo, contemple e veja dukkha, anicca, anatta claramente para que a mente conheça o corpo, veja o corpo de acordo com a verdade. Quando praticava assim, às vezes pensava que já dominava samādhi, agora era só atravessar de vez, subir de vez, mas ele regredia de novo, desejo, raiva e delusão que ainda não foram completamente erradicados voltavam como nīvaranas. Mas já conhecia o modo de prática, então me esforçava, me esforçava em praticar, ter sati, vigiar a respiração, praticar jomgrom, sentar em meditação, até que ele se desenvolvia novamente. Até que no final se pacificava, se unificava mais uma vez, tinha êxtase e felicidade, ekaggatā. Sentava em meditação e alcançava upacāra samādhi, depois consegui permanecer em upacāra quando andava, ôô, era incrível. Sentava em meditação e a mente entrava direto em appanā, ganhava ainda mas força. Contemplando o corpo via mais claramente, via que o corpo é anicca, dukkha, anatta com clareza. Com mais clareza. As dúvidas se extinguiam, se extinguiam. Era como o que eu já havia visto nas coisas materiais, são dukkha, anicca, anatta. É a mesma coisa. São apenas convenções, não são diferentes. Essa pele é uma convenção, se tirar a pele vemos que é uma convenção, não é 'eu'. Via o corpo como algo não atraente, como elementos, como anatta

Mas se não tivermos samādhi e quisermos ver na forma de nimitta, não conseguimos. Eu já havia ido ver uma autópsia(5) no hospital Siriraj, às vezes a mente se unificava e via as convenções, 'todos temos que morrer, quando morremos viramos uma convenção como esse aí', a mente ficava luminosa, via as pessoas como bonecos andando para cima e para baixo, não possuem 'eu'. Vi assim por cerca de meio dia, então a mente aos poucos saiu daquele estado. Mas na ocasião que havia visto convenção e libertação com força total, durou três dias e três noites. A mente ficou cristalina, abandonou apegos, pois viu que esse corpo não é 'eu', claramente. Como é possível essa sabedoria surgir? Surge de praticar. Eu já tinha, samādhi eu já tinha desde que era leigo, já havia conseguido, já havia visto, já havia experimentado paz, êxtase, felicidade. Em seguida ficou muito rápido, surgia muito rápido, assim que surgia a mente se unificava. Se unificava e via. Alguns monges têm o hábito da dúvida. Praticar de forma, com que método? Ia praticando, ia refletindo. Um dia Luang Pó Chah disse 'Alguns aqui vão praticando e duvidando, pode ser!'. Como se lesse meus pensamentos, 'Para quê tantas dúvidas sobre o modo de prática?'. Luang Pó Chah disse 'Prática dá resultados bem aqui, bem onde a mente não tem deleite ou aversão.'. Eu entendi claramente, ele estava ensinando e eu 'Oh, é esse mesmo o caminho, o caminho direto. Como fazer para que não haja deleite ou aversão? Vou usar morte como reflexão para que a mente se pacifique, vou contemplar o corpo, vou observar a respiração para que a mente se pacifique, e aí não há deleite ou aversão. Esse é o caminho para ver e conhecer o Dhamma, alcançar o Dhamma bem aqui.' Quando se vê assim há energia, a mente tem energia para praticar

Samādhi vem de várias formas, às vezes, quando se unificava, a mente ficava quieta, vazia, até não mais sentir o corpo, não ouvir sons. Quando saía de samādhi 'Eh, onde estou sentado? Onde estou?'. Quando morava em Wat Pah Pong era assim. A mente se unificava e tinha energia. Na maior parte das vezes, sentava todos os dias e a mente se pacificava, corpo leve, mente leve, já era normalMas eu tive que praticar de forma contínua até poder dizer que era capaz de suster, suster por meses em seguida. Eu havia vencido algumas kilesas, elas voltavam novamente, a mente se unificava novamente, até samādhi se unificar, sīla, samādhi, paññā se unificarem. Então se sustinham, sentia êxtase quer estivesse de pé, andando ou deitado. Quando sentava em meditação ia fundo, até destruir visão incorreta, sakkāya-ditthi, vicikicchā, sīlabbata-parāmāsa. São convenções, são ditados por convençõesNão tinha mais dúvidas sobre o modo de prática. Tudo isso graças ao mérito do mestre, Luang Pu Chah. Desde o dia em que me recebeu como filho ele procurou ensinar, eu seguia os diversos métodos de prática que ele ensinava. Mas eu tinha que me esforçar, lutar com a sonolência, se sentisse muito sono ia andar. Ia sentar à beira do reservatório d'água sem saber se ia morrer ou viver, o sono desaparecia. Às vezes ia sentar na torre do sino, lá em cima, sentava mas não sentia medo de morrer, 'Ôô, se não está com medo de morrer não serve, é melhor descer antes que caia e quebre o pescoço!'Quando morava no cemitério ficava desperto, a mente ficava desperta. Quando vinha o medo se agitava, despertava. É assim que se treina, se aprende

Samādhi nós temos que estabelecer firme. Ainda mais nos primeiros vassas, temos que treinar bem e com firmeza nossas mentes. Se tiver fé, pratique jomgrom, sente em meditação, treine sati, use a morte como objeto de meditação, essa vida tem que morrer, a coisa mais garantida nessa vida é a morte, a vida é incerta, a morte é certa. Essa é a meditação da morte que quando utilizamos faz com que a mente sinta desencanto, se pacifique com facilidade. Temos que tentar contemplar a morte desse jeito até nossa mente se pacificar, se desprender dos nīvaranas. Se não tivermos um objeto de meditação, os nīvaranas conseguirão envolver nossa mente por completo. Temos que ter um objeto de meditação, temos que ter sati na prática de desenvolver nossa mente. Estudar, pesquisar..Especialmente durante o vassa, Luang Pó Chah mandava largar os livros e praticar, estudar muito a mente. É bem aqui, não precisa ir olhar nos livros. Ele falava assim. 'Os livros são o mapa, olhem para a mente, o que ela pensa, sobre o que ela tem dúvidas, olhe o surgir e cessar em suas mentes.'. Quando vemos, vem naturalmente, a mente conhece convenção e libertação sozinha. Como o que eu já havia visto sobre as coisas do mundo, são apenas convenções, o mundo inteiro, eu não queria mais nada desse mundo. Esse é o mundo das convenções, é o mundo de anicca, dukkha, anatta. Os tesouros do mundo, todo o ouro do mundo, eu não desejava, almejava o Dhamma, queria saber e ver mais e mais pois tendo me ordenado eu tinha oportunidade, tinha tempo para estudar, para praticar. Ainda mais vivendo junto ao mestre, escutava o Dhamma dele e ficava muito impressionado. Uma vez eu estava pensando sozinho, 'Essa vida vai morrer.', Luang Pu exclamou 'Eu não disse que não vai morrer!'(6), ou quando meu pensamento se desviava e surgia um pouco de deleite, ele falava 'É onde morremos, hein..Onde temos deleite é onde morremos, se apegar-se a um copo de suco de laranja por causa da vitamina C, morre, hein... É onde morremos. Não vá deleitar em nada, não caia em deleite ou aversão, contemple sua mente, tenha cuidado'. Eu contava com a compaixão e bondade de Luang Pu Chah em me ensinar de forma que estou aqui hoje. Hoje em dia ele é quem mais respeitamos. Entreguei minha vida a ele e ele então me treinou, lapidou, ensinou vários métodos. Ele ensinou a treinar morando no cemitério, porque ele dizia 'Meu samādhi e paññā não vieram fácil, tive que sobreviver a fantasmas e tigres até que pudesse estar aqui ensinando vocês. Não veio fácil'. Eu escutei e 'Ôô... eu tenho que me esforçar em praticar, tenho que conseguir fazer igual ao mestre.', e me esforçava em praticar, mesmo com medo, aguentava pois queria obter resultados. Fui estudar e praticar no cemitério até a mente alcançar um nível mais profundo de paz, até samādhi se suster. Paññā subiu de nível em sucessão, continuamenteFez com que a fé, a crença, o respeito que eu já tinha, ou a sabedoria que já possuía desde a época antes de virar monge ficar ainda mais clara

Na época em que vim me ordenar, eu conhecia, via samādhi, paññā, desenvolvia sati, cuidava para que a mente não caísse em deleite ou aversão. Luang Pó Chah ensinava de acordo com a Apannaka Patipadā, não deleite ou aversão, quando os olhos veem uma forma, ouvidos ouvem sons, nariz sente cheiros, língua sente sabores, esteja ciente do que acontece na mente, isso é o fundamentoBhojane mattaññutā: conhecer moderação na alimentação, ter diligência em estar desperto, não se preocupar muito com dormir. Quando comer, cinco colheradas antes de se satisfazer, beba água(7). Só o suficiente, não muito, não pouco. Treine. Treine quando comer, coma na tigela, um só receptáculo(8), observe e prática de pindapāta. Tem que treinar, nós viemos para treinar. Treinar a alimentação, o dormir, ter diligência em estar desperto, não só pensar em dormir. Durante os cinco anos em que morei no Wat Pah Pong, nunca usei cobertor, usava o cīvara, o sanghati, o sarongue, às vezes usava o cantil d'água como travesseiro. Eu não buscava prazer em dormir. Tentava fazer com que a mente ficasse desperta. Tinha resolução em praticar do jeito que Luang Pu Chah havia ensinado. Não importa quão frio estivesse, não usava. Eu tinha o cīvara, o sanghati... às vezes sentia frio, só tinha pano comum para usar, se me movesse para fora do pano sentia muito frio. Treinava. Isso era treinar a mente pois já havia decidido me ordenar e ir morar no nordeste com Luang Pu, com o mestre, estava resoluto a obter os benefícios daquilo que ele ensinava a praticar. Eu acreditava firme que quem pratica vê de verdade, eu já tinha visto, antes de me ordenar. Já tinha visto a característica do Dhamma com clareza, não tinha mais interesse, apego por bens materiais, queria buscar o Dhamma e ver mais e mais claramente

Ele ensinava, tendo paz, contemple o corpo. Aqui tem que ter cuidado, a mente quando tem êxtase, é muito êxtase e felicidade, não é brincadeira, hein. Quando tem êxtase e felicidade é possível se sobrestimar, não dá ouvidos à opinião do mestre. O mestre então tem que bater 'Olhe bem aqui! Contemple o corpo bem aqui!', mesmo que ainda não acreditasse 'eh... será que é verdade?' mas eu tinha que dar ouvidos a ele. Contemplava... Até no final praticar e ver de acordo com o que ele havia dito, não era diferente. Ele alertava para eu pensar, 'Pense direito, se pensar direito vai contemplar o corpo. Não vá se apegar ao seu conhecimento, sua opinião sobre isso'. Quando praticamos desse jeito, de acordo com o ensinamento do mestre, vamos conhecer, ver o verdadeiro ensinamento que ele estava tentando passar. Entregar a vida ao mestre traz benefícios à prática pois ainda não sabemos, não vemos nada, não temos muita sati ou paññā. Em cada estágio da prática há vários obstáculos capazes de nos desviar, por isso temos que andar de acordo com o ensinamento do mestre, tomar os ensinamentos de Luang Pu Chah como fundamento. Mas às vezes perguntavam a ele:

'O que devo tomar como fundamento?'

‘Tome o Buddha como fundamento! Tem que tomar o Buddha como fundamento’

Ele não dizia para tomar a ele como fundamento, dizia para tomar o Buddha. Mas se tomarmos ele como fundamento, ele já está de acordo com o Buddha. Tome os fundamentos do Dhamma-Vinaya que ele ensinou. Quando conseguirmos ter isso como fundamento, nossa prática irá progredir em seguida. Mas tem que ter cabeça fria, ir de acordo com nossa capacidade e pāramī, não é 'eu quero conseguir rápido', para conseguir rápido ele dizia 'não faça nada'. Um universitário perguntou 'Como alcançar rápido?', ele disse 'Não faça nada'. A gente consegue fazer isso? Acho que não, primeiro temos que tentar praticar, mas não force demais a mente, se forçar demais a mente ela pensa ainda mais, raiva e ódio aumentam ainda mais, pratique de forma equilibrada. Pratique recitando puja, sentando em meditação, desse jeito mesmo, continuamente, isso é uma fundação. Quando a mente se pacificar, contemple esse corpo. Vá de acordo como o satipatthāna, corpo é apenas corpo, não é um ser, um 'eu', uma pessoa. Vai enxergar claramente bem aqui, enxerga claramente bem aqui. "Ôô, não sou eu de verdade, é vazio de verdade, não há 'eu', 'meu'.", ôô, entende claramente. 'O Buddha, o Dhamma, a Sangha estão na mente desse jeito!' Vem desse jeito. A mente pacífica nos livros é uma coisa, ekaggatā, appanā samādhi, tudo mundo consegue ler, mas quando surge em nós, 'Eh, o que é isso, a mente imóvel e quieta assim...', o sabor é diferente. Entende aquilo que leu, mas quando surge de verdade 'Eh, o que é isso? Não sei.', a paz surge assim. Às vezes entra em samādhi, 1o, 2o, 4o jhāna, até a mente estar vazia, entra em samādhi mas não sabe o que é, tem que comparar com o conhecimento do pariyatti para saber

Não importa se tem muito ou pouco estudo, pratique muito. Estude na prática. Peço que pratiquem muito, o conhecimento do pariyatti deixem de lado. É útil na hora de falar, de explicar, mas na hora de praticar deixe de lado, foque sati, faça com que samādhi se firme, investigue o corpo até enxergar claramente. Separe os elementos, os sentidos, até ver claramente. Ainda mais se contemplar asubha, tem felicidade, tem êxtase, tem felicidade, em sequência. No começo talvez não hajam muitas nimittas, se esforce em conhecer, em ver, em abandonar os estados mentais e os apegos vão cairQuando souber de verdade será bhāvanā-maya-paññā, vê o Dhamma, alcança o Dhamma. Vê o resultado surgindo na nossa própria mente, não é em outro lugar. Peço que pratiquem de acordo com o que Luang Pu Chah ensinou, no começo, a fundação de sīla, samādhi, puja de manhã e à noite até ficar hábil, ter sati, paññā, memorize o Pātimokkha. Eu mesmo memorizei o Pātimokkha, no meu 4o vassa eu recitei o Pātimokkha e Luang Pu Chah elogiou 'oh, recita bem', pois quando recitava praticava samādhi junto, eu recitava e sentia o corpo e a mente leve, pacífica. Ele então falou 'oh, recita bem o Pātimokkha, com boa pronúncia, as pessoas que ouvem não se irritam, não surgem nīvaranas, pacífico'Isso é a bondade do mestre em me dar encorajamento por ter estudado e recitado o Pātimokkha

Temos que estudar o modo de prática até mesmo nas tarefas pelas quais somos responsáveis. Eu era responsável por designar as cabanas aos monges, organizar as rotas de pindapāta, servir Luang Pu Chah na época em que morava no Wat Nong Pah Pong, supervisionar o trabalho da sangha também, mas não abandonava minha prática, vinha sempre à puja matinal e vespertina. Mesmo tendo responsabilidades eu tentava praticar. Quando comecei a ter conhecimento e visão mais clara Luang Pu Chah mandou eu ir morar numa cabana em frente à dele. Ele queria observar como eu era. Após a refeição eu guardava o manto e praticava jomgrom, meditação sentado, praticava assim sempre. Após um tempo pedi licença a ele para ir morar mais para dentro do monastério, onde há mais reclusão e pazEle deu permissão. É como se ele tivesse me chamado para ver, verificar como eu era. Isso é a bondade e compaixão do mestre, eu recebia a bondade dele. São imensuráveis de verdade o Buddha, o Dhamma, e a Sangha. Temos que treinar com firmeza dessa forma, então veremos, nossa mente terá fundação. No começo temos que ter fé firme, sem vacilar, sem perder força, o conhecimento e visão virão em seguida. Peço que tenham firmeza. Tem que passar pelo êxtase, tem que haver samādhi firme, tem que lutar até que ele se firme, tenha êxtase e felicidade. Se lutar consigo mesmo, consegue, consegue até mesmo appanā samādhi. É possível. Toda vez que eu praticava eu pensava 'Oh, chega a esse ponto!? Não sabia que seria capaz de praticar a esse ponto!'. Mas eu me esforçava em praticar de forma ininterrupta, não afrouxava, não largava, me esforçava em praticar jomgrom e meditação sentado porque os seres conseguem transcender dukkha graças a esforço, 'Viriyena dukkhamacenti', os seres conseguem transcender dukkha graças a esforço. Se há esforço, há sati, se há sati, há samādhi, se há samādhi, há paññā, eles vão juntos

Cuide para que a mente não caia em deleite ou aversão, a mente às vezes pensa certo, às vezes pensa errado. Luang Pu Chah dizia que a mente que pensa errado é como espinho de peixe, jogue fora! Não vale nada. A mente que pensa direito, faz direito, fala direito. Ele ensinava sobre tudo que é obstáculo na mente, ele discursava, ensinava. Minha mente ficava brilhante, quando ouvia o Dhamma era como se os aguapés n'água de dispersassem, não havia dúvidas, era como se alcançar o Dhamma, ver o Dhamma, estivesse ao alcance, a sensação era essa. Havia certeza. Algumas vezes eu pedia licença ao mestre para ir praticar em uma das filiais(9), mas não ficava longe, ficava perto dele pois trazia junto comigo o modo de prática que ele havia ensinado. Não ia longe. Então ia e vinha do Wat Nong Pah Pong com frequência, até ter entendimento no modo de prática, não ter mais dúvidas sobre o ensinamento do mestre, pois via que fica bem aqui na mente, conhecer, ver o Dhamma fica bem aqui

Quando estava chegando perto, praticava jomgrom e sentava em meditação sem parar, naquela época não conseguia fazer outra coisa, larguei todos os deveres, só tinha praticar jomgrom, sentar em meditação, a mente estava fixa naquela tarefa de forma ininterrupta, samādhi, sati, paññā se conectavam de forma contínua, sīla, samādhi, paññā giravam como uma roda, eram um só. Não olhei 'É bojjhanga? É satipatthāna? 4 iddhipādas? 5 balas? 4 indriyas?'. Não pensei nisso, '7 bojjhangas', esse tipo de coisa, '4 satipatthānas', não pensei nisso. Essas coisas estão nos livros, a verdade tem que ver na mente. Se houver samādhi, paññā surge, contemple o corpo como algo vazio, veja o corpo como elementos, vazio, em seguida a mente também fica vazia, como se tivesse saído desse mundo. É uma experiência na mente, ela sai desse mundo e vai para outro, é como se fosse isso. Mas não consegue ir de vez, vai e volta, vai e volta, até ficar claro, sabe e vê luz. Fica assim por vários dias, várias noites, hein. Às vezes vê o sol nascendo e diz 'Errado, o sol não nasce, não se põe, o sol não nasce no leste nem se põe no oeste. Isso são convenções’. Em tudo que olha, há paññā interferindo, se transforma, se transforma, há conhecimento, visão, alcança libertação, essa é a fundação na prática

No começo peço que tenham sati, tenham sīla como base, tenham sati, pode usar um foco de meditação ou contemplar para pacificar a mente. Procurem praticar, cuide para que a mente não caia em deleite e aversão, pode usar ānāpānasati ou refletir sobre a morte. Eu usava a reflexão sobre a morte desde antes de me ordenar, pratiquei isso com firmeza até meu 5o vassa, pensava que um dia ia ver resultado, ouvi dizer para contemplar o corpo mas ainda não via resultado. Após meu 5o vassa minha mente tinha samādhi mais que suficiente, e vi ainda mais claramente que o corpo é anicca, dukkha, anatta, como Luang Pó Chah havia ensinado, como ele havia dito, era claramente daquele jeito, não era diferente, via daquele jeito claramente e minha mente ganhou ainda mais energia. Olhando o passado, foi graças a ter fé desde o começo, fé desde quando primeiro comecei a praticar, fé em fazer bondade, fazer caridade, observar sīla, ouvir o Dhamma, ter respeito pelos mestres e praticar de acordo com o que eles ensinavam até saber e ver. Se samādhi estiver firme, paññā surge, fé não fraqueja. Tem que haver resiliência, resiliência na hora de praticar, não buscar felicidade em dormir, em comer, ir morar no cemitério, eu sempre treinei dessa forma até conseguir ótimos resultados na minha prática. Praticar dessa forma, no começo é sofrimento, mas tem felicidade como consequência, por isso peço que tenham firmeza. Firmeza em estudar e praticar. No começo é sofrido e difícil mas terá felicidade como consequência. Quanto mais houver conhecimento e visão do Dhamma, mais há felicidade. Peço que tenham seriedade em praticar, hoje falei o suficiente para aumentar a fé, a crença, o respeito nas nossas mentes

Notas:
(1) Cemitério: não eram cemitérios como os ocidentais, antigamente na Tailândia o que haviam eram pedaços de floresta onde os mortos eram levados e cremados. As pessoas simplesmente acendiam a fogueira e iam embora deixando os restos da cremação por lá mesmo, o lugar era provavelmente cheio de osso e restos decompostos de cadáveres. Hoje em dia isso não é mais feito, os corpos são cremados em fornos especiais e não sobra muito a não ser cinzas.
(2) Bodhiñāna: literalmente significa ‘conhecimento do despertar’, mas era também o título eclesiástico dado a Ajahn Chah: Chao Kun Bodhiñāna Thera.
(3) Dentro e fora do Pātimokkha: o Pātimokkha enumera somente as 227 regras principais, além dessas existe uma infinidade de outras pequenas regras no Vinaya Pitaka.
(4) Mandou coar de novo: os monges não podem consumir alimentos após o meio-dia, mas são autorizados a beber suco de frutas. Ajahn Chah era bastante rigoroso com a regra monástica e não bebia um suco mesmo que tivesse uma quantidade mínima de semente ou bagaço ainda presente.
(5) Autópsia: é relativamente comum hospitais autorizarem monges a assistir autópsias para praticar a contemplação da morte.
(6) ‘Eu não disse que não vai morrer!’: em outra gravação, Ajahn Anan conta essa história em mais detalhes: na ocasião, Ajahn Chah estava supervisionando o trabalho no monastério e Ajahn Anan o acompanhava. Enquanto Ajahn Chah falava sobre os planos de construção, Ajahn Anan refletia sobre a morte pensando ‘Será que vou viver para ver esse trabalho feito?’, Ajahn Chah então olhou para ele e disse em tom de brincadeira ‘Estou dizendo, caso não morra...’ (é impossível traduzir literalmente a frase em tailandês). Moral da história: aparentemente Ajahn Chah era capaz de ler os pensamentos dele.
(7) Beba água: no Visuddhi Magga há uma recomendação sobre como achar a quantidade correta de alimento para si: coma à vontade mas quando estiver a 5 colheradas de se sentir satisfeito, pare de comer e beba água.
(8) Um só receptáculo: essa é uma das práticas de dhutanga, significa comer colocando toda a comida dentro da tigela, inclusive doces e sobremesas.
(9) Filiais: Wat Nong Pah Pong possui várias filiais dentro e fora da Tailândia.